sábado, 6 de fevereiro de 2010

Câncer.

CÂNCER

Tabagismo e Prevenção Primária do Câncer


O fumo é um importante fator de adoecimento, sendo uma das principais causas de morte evitável no mundo. O Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional do Câncer/INCA, tem diversas estratégias para reduzir o tabagismo em nosso país. Uma delas é estimular, através dos profissionais de saúde e da formação de agentes multiplicadores, a conscientização da população em geral sobre os danos causados pelo tabaco.

A proporção de fumantes em nosso país é de aproximadamente 24%, sendo que os indivíduos de nível sócio-econômico mais baixo fumam mais. Paralelamente ao aumento no consumo de cigarros observado nos últimos anos, detecta-se também uma elevação da mortalidade por doenças crônico-degenerativas (câncer, hipertensão e diabetes). Torna-se, portanto, fundamental o trabalho de educação em saúde junto à população, para que haja uma mudança de comportamento no sentido de uma vida mais saudável.

O tabagismo é uma doença. Assim sendo, perguntas como: quanto se fuma no Brasil, quem fuma, qual o tipo de cigarro mais fumado pelos brasileiros são fundamentais para se dimensionar nosso problema, dando informações aos programas de saúde pública no país.

Grande parte dos brasileiros fuma, principalmente os homens. Cerca de 32,6% da população adulta fuma, sendo 11,2 milhões de mulheres e 16,7 milhões de homens. Cerca de 90% dos fumantes ficam dependentes da nicotina entre os cinco e os 19 anos de idade. Atualmente, temos 2,4 milhões de fumantes nessa faixa etária.

A grande concentração de fumantes encontra-se entre 20 e 49 anos de idade. Em todas as faixas etárias, os homens fumam em maior proporção que as mulheres. No entanto, nas faixas etárias mais jovens, a mulher vem fumando mais, diminuindo-se a relação homem/mulher. Esta tendência é grave, pois as mulheres, além da responsabilidade biológica de gerar filhos, convivem com eles intensamente até a adolescência, transformando-os em fumantes passivos e levando-os a encarar o ato de fumar como um comportamento social normal. Sabe-se que nos adolescentes e adultos jovens filhos de pais fumantes há maior prevalência de tabagistas. O início do tabagismo, nesses casos, seria conseqüência do exemplo apresentado pelos pais ou da necessidade orgânica criada por anos de inalação involuntária da nicotina?

Por outro lado, a mulher vem ocupando espaço crescente no mercado de trabalho, o que a torna, em alguns casos, modelo de comportamento almejado por crianças, adolescentes e adultos do mesmo sexo. Uma área dominada pelas mulheres há muito tempo é a da educação, principalmente primária e secundária. A professora, de maneira geral, abre as portas do mundo para crianças e adolescentes. É fundamental, portanto, que transmita um modelo de vida saudável, livre do uso de drogas.



SUBSTÂNCIAS DA FUMAÇA DO CIGARRO

Quando cigarros industrializados e de fumo-de-rolo, cachimbos e charutos são acesos, algumas substâncias são inaladas pelo fumante e outras se difundem pelo ambiente. Essas substâncias são nocivas à saúde.

Todas as formas de uso do tabaco, inclusive os cigarros com mentol, filtros especiais, com baixos teores (light, extra-light) etc., têm uma composição semelhante, não havendo, portanto, cigarros “saudáveis” ou cachimbos e charutos que façam menos mal. Isso ocorre porque, mesmo escolhendo produtos com menores teores de alcatrão e nicotina, os fumantes acabam compensando essa redução, fumando mais cigarros por dia e tragando mais freqüente ou profundamente, ou seja, fazendo outras modificações compensatórias em conseqüência da dependência à nicotina.


Vale ressaltar que a ação das substâncias do cigarro ocorrem não só sobre o fumante, mas também no não-fumante exposto à poluição ambiental causada pelo cigarro.


DOENÇAS ASSOCIADAS AO USO DO CIGARRO

• Doença coronariana (25%) - Angina e infarto do miocárdio
• Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - D.P.O.C. (85%) - Bronquite e enfisema
• Câncer (30%) - Pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero, estômago e fígado
• Doença cerebrovascular (25%) - Derrame cerebral - AVC


Outras doenças associadas ao tabagismo - Aterosclerose, tromboangeíte obliterante, hipertensão arterial, infecções respiratórias, leucemia, catarata, menopausa precoce, disfunção erétil (impotência sexual), úlcera péptica.



UM MUNDO LIVRE DE TABACO

É necessário que todos os grupos sociais mobilizem-se, de forma esclarecida, contra o tabagismo, para que as gerações futuras possam desfrutar de um mundo menos poluído pelo tabaco. Muito importante nessa luta, são as crianças e os adolescentes, que atuam como fortes agentes de mudança comportamental e social.

Para isto é fundamental que todos participem, informando, protegendo crianças e gestantes da fumaça do cigarro, criando ambientes livres do fumo, incentivando e apoiando o trabalho dos órgãos de saúde e de lideranças do governo na busca de soluções para o plantio alternativo de tabaco, na elaboração de legislações específicas, no desenvolvimento de atividades nas escolas que abordem o tema, etc.

Enfim, todos devem contribuir para que se alcance uma sociedade livre de tabaco.

Fonte:“Falando sobre Tabagismo”, do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

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