sábado, 6 de fevereiro de 2010

Doença Falciforme.

DOENÇA FALCIFORME


A doença falciforme é a doença genética mais comum em nossa população. Ela é transmitida aos filhos pelo pai e pela mãe através dos genes. Genes são elementos celulares que têm a informação sobre a formação do corpo. Eles podem sofrer mutação e transmitir a informação diferente.

As pessoas com anemia falciforme receberam do pai e da mãe o gene para hemoglobina diferente, chamada hemoglobina “S”. Quando alguém recebe este gene do pai e da mãe é chamado de “SS” e tem doença falciforme.

Os glóbulos vermelhos com hemoglobina “S” podem adotar a forma de “foice” ou “meia lua”. Essas células em forma de “foice” têm dificuldade para passar pelos vasos sangüíneos, diminuindo a circulação do sangue nos pequenos vasos do corpo, promovendo a diminuição da circulação e provocando, desta forma, lesões nos órgãos causando dor, destruição dos glóbulos vermelhos, icterícia (olhos amarelados) e anemia (palidez). Estes fatores predispõem as pessoas a complicações sérias como AVC (derrame cerebral), infecções, úlcera de perna de difícil cicatrização, crises de dores intensas que não cedem com analgésicos usuais, sendo necessário, às vezes, o uso de morfina.

O diagnóstico da doença falciforme pode ser feito no bebê logo após o nascimento, através do “TESTE DO PEZINHO”. Já em crianças maiores e nos adultos é feito pelo teste de afoiçamento e sua confirmação pelo exame de eletroforese da hemoglobina.

Teste do Pezinho

• Deve ser feito, no máximo, até a quarta semana de vida, junto com a primeira dose da vacina BCG e hepatite, no posto de vacinação. É inteiramente gratuito.
• Trata-se do diagnóstico de 3 doenças (hipotiroidismo, fenilcetonúria e doença falciforme) feito em gotas de sangue colhidas do pé da criança.
• O resultado para doença falciforme pode ser: criança com doença falciforme, criança com traço falciforme e criança sem traço ou doença. As crianças com traço não precisam de tratamento, apenas de informação.
• As crianças com a doença necessitam ser encaminhadas imediatamente para início do tratamento, que lhe garantirá saúde e uma boa qualidade de vida.
Veja também texto sobre o Teste do Pezinho no capítulo “Educando para prevenir”, no tópico “Saúde da criança”

Maiores informações poderão ser obtidas no
Grupo de Trabalho de Controle da Doença Falciforme.
Tel.: (0xx21) 2299-9769 / e-mail: gdf@saude.rj.gov.br


DOENÇAS TRANSMITIDAS AO HOMEM POR ANIMAIS

Dengue


O Dengue é uma doença febril e causada por vírus, transmitida de uma pessoa doente a uma pessoa sadia pela picada da fêmea contaminada do mosquito Aedes aegypti. Existem quatro tipos de vírus: Dengue I, Dengue II, Dengue III e Dengue IV.

O Aedes aegypti é um mosquito que se adaptou às áreas urbanas das cidades e vive preferencialmente dentro das casas ou perto delas, uma vez que lá encontra as melhores condições para sua reprodução: sangue humano e depósitos com água.

A fêmea grávida é atraída por recipientes escuros ou sombreados onde deposita seus ovos. Prefere recipiente com água limpa, cristalina, sem cor e parada, ao invés de água suja ou poluída. Os ovos podem resistir até mais de um ano nas paredes secas dos recipientes, até que tenham contato com a água e se transformem em larvas, e posteriormente, em mosquitos.

As altas temperaturas favorecem a reprodução mais rápida e conseqüentemente o aumento da quantidade de mosquitos.

No Estado do Rio de Janeiro, já foram identificados os vírus I, II e III, em 1986, 1990 e 2001, respectivamente, e constatada a presença do mosquito em quase todos os municípios.

Sintomas:

Os primeiros sintomas são: febre alta, dores no corpo (músculos e articulações), enjôo, vômitos, dor nos olhos, cansaço, falta de apetite que podem ser confundidos com outras doenças tais como: rubéola, sarampo e gripe.

Por isso, as pessoas que apresentarem estes sintomas devem tomar bastante água e soro caseiro e procurar orientação médica, evitando o uso de medicamentos à base de ácido acetil salicílico, como Aspirina, AAS e outros, pois pode piorar o estado de saúde do doente.

Nesta fase pode ocorrer uma aparente melhora, com a diminuição da febre, embora continue a sensação de cansaço, fraqueza e mal-estar. Algumas manchas vermelhas e coceira na pele (parecendo picadas de insetos), podem surgir, além de pequenos sangramentos pelo nariz e gengivas. Nestes casos, é necessário retornar ao médico nas primeiras 24h após o surgimento destes sintomas.

Caso surjam dor abdominal intensa e contínua, fezes pretas, tonteira, pressão baixa, mãos e pés pálidos ou arroxeados, vômitos freqüentes, sonolência ou agitação, vista escura e dificuldade de respiração, é necessário procurar atendimento médico imediato, pois a doença pode levar à morte.

As pessoas que sofrem de doenças cardíacas, asma, diabetes, anemia falciforme, bronquite crônica, enfisema pulmonar e hipertensão arterial podem ter o estado de saúde agravado pelo Dengue, ou ter a forma mais grave desta doença. Portanto, é importante que o acompanhamento médico seja feito desde os primeiros sintomas.

Prevenção:


• Colocar no lixo latas, garrafas, potes e outros objetos sem uso que possam acumular água. Não deixá-los em quintais, nem jogar em terrenos baldios.
• Tampinhas de garrafas, cascas de ovo, embalagens plásticas, copos descartáveis ou qualquer outro objeto sem uso, por menor que seja e que possa acumular água, deve ser colocado em saco plástico, e este, fechado e jogado no lixo.
• Os pneus fora de uso devem ser mantidos secos e em local coberto, protegidos de chuva.
• Manter bem fechados latões, poços, cisternas, caixas d’água e outros depósitos de água para consumo, impedindo a entrada de mosquitos. Vedar com tela fina aqueles que não têm tampa própria.
• Não cultivar plantas em jarros com água; plantá-las sempre em vasos com terra. Colocar areia nos pratos dos vasos de plantas.
• Evitar o cultivo de bromélias e outras plantas parecidas, substituindo-as por outras, pois acumulam água em suas folhas e podem tornar-se criadouros de mosquitos.
• As piscinas devem ser tratadas com cloro, devendo ser limpas uma vez por semana. Se não forem usadas devem ser mantidas vazias ou cobertas.
• As calhas devem ser mantidas limpas e desentupidas, removendo-se folhas e materiais que possam impedir o escoamento da água.
• Lavar com bucha e manter limpos os reservatórios de água externos de geladeira, as bandejas de ar condicionado e suportes de garrafão de água mineral.
• As lajes devem ser mantidas limpas e secas.
• Lagos, cascatas e espelho d’água decorativos devem ser mantidos limpos. A criação de peixes é aconselhada, pois estes podem comer as larvas de mosquitos. Outra opção é manter a água tratada com cloro.
• Onde houver cacos de vidro nos muros, colocar areia em todos aqueles que possam acumular água.
• Verificar se há entupimento em ralos de cozinha, banheiro, sauna e ducha, providenciando imediatamente seu desentupimento. Se estes não estiverem sendo utilizados, mantê-los fechados.
• Deixar a tampa dos vasos sanitários sempre fechadas. Em banheiros pouco usados, deve-se dar descarga uma vez por semana.
• Nos cemitérios colocar terra ou areia nas floreiras e jardineiras, evitando o acúmulo de água e a formação de criadouros de mosquitos.
• Os vasilhames para água de animais domésticos devem ser lavados com bucha, sabão e água corrente, pelo menos uma vez por semana.

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