sábado, 6 de fevereiro de 2010

Doenças transmitidas ao homem por animais continuação.

DOENÇAS TRANSMITIDAS AO HOMEM POR ANIMAIS

Teníase e Cisticercose


São duas doenças que se manifestam de maneira distinta causadas pelo mesmo parasita (Taenia), em fases diferentes do seu ciclo de vida.

Teníase
É uma verminose causada pela Taenia em sua forma adulta, popularmente conhecida como “solitária”.

É transmitida pela ingestão de carnes ou derivados de porco e boi mal cozidos contendo cistos do verme, conhecidos por “pipoca” ou “canjica”.

A Taenia se desenvolve no intestino humano, podendo atingir de dois a três metros de comprimento e tem o corpo formado por anéis, contendo cada um até 80.000 (oitenta mil) ovos que são eliminados pelas fezes. Estas, contaminando a água e o solo, são ingeridas pelos animais que passam a transmitir o verme.

A doença pode provocar obstrução do apêndice, colédoco e canal do pâncreas.

Sintomas:

Os sintomas da Teníase são: falta de apetite, perda de peso, dores na barriga, fraqueza, irritabilidade e insônia.

Cisticercose
É uma doença causada pelas larvas da Taenia adquiridas através da ingestão de alimentos e água contaminados com os ovos do verme e pode ser grave. No intestino, os ovos se transformam em larvas que podem se deslocar para várias partes do corpo, tais como: músculos, cérebro, pulmões, olhos e coração causando convulsões, distúrbios mentais, cegueira e até a morte.

Sintomas:

Os primeiros sintomas são: dores de cabeça, convulsões e dificuldade para andar.

Prevenção:

• Comer carnes e seus derivados bem cozidos e adquiridos em estabelecimentos comercias sujeitos à fiscalização sanitária.
• Usar somente água filtrada ou fervida para beber.
• As verduras devem ser bem lavadas antes de consumidas.
• Dar destinação adequada às fezes humanas, através de medidas de saneamento básico: fossas sépticas e rede de esgoto.
• Lavar as mãos antes das refeições, de preparar alimentos e após o uso do sanitário.
• Fazer exames periódicos de fezes, procurando tratamento, quando necessário.
• Os porcos devem ser criados longe de valas de esgoto, águas e solos contaminados por fezes humanas.


Histoplasmose


É uma doença provocada por fungos encontrados em fezes de pombos, outras aves e também de morcegos.
As pessoas se contaminam, e podem ficar doentes, quando convivem com pombos ou entram em cavernas ou locais onde haja muitos morcegos.

Sintomas:

• Febre, tosse, dores no peito e nas costas, fraqueza;
• Feridas nas mucosas (boca, laringe, estômago).

A doença pode causar diminuição das defesas do organismo, anemia, problemas graves no pulmão, estômago, fígado e intestinos.
As crianças correm maior risco com o agravamento da doença, assim como os adultos com mais de 40 anos de idade, se não fizerem o tratamento médico adequado. E também as pessoas com as defesas orgânicas diminuídas, tais como doentes com Aids.

Prevenção:

• Evitar a poeira, quando limpar galinheiros, pombais e outros locais que possam estar contaminados, umidecendo o solo, as fezes dos pássaros e seus ninhos antes de removê-los; se possível, usar máscara, que pode ser um pano amarrado tampando a boca e o nariz.
• É recomendável o uso de máscaras ao entrar em túneis, minas abandonadas e cavernas onde haja grande quantidade de morcegos e acúmulo de suas fezes.


Paravacínia ou Pseudovaríola bovina


É uma doença provocada por vírus, transmitida aos seres humanos, principalmente trabalhadores rurais, através do contato com vacas leiteiras contaminadas em período de lactação.

Caracteriza-se por ferimentos localizados nas tetas das vacas e, na boca e face dos bezerros em fase de amamentação. A contaminação dos animais acontece através das mãos dos ordenhadores ou dos cálices da ordenhadora mecânica. Entre os trabalhadores a doença é contraída durante a ordenha, no contato com as tetas das vacas e com a boca dos bezerros.

No Estado do Rio de Janeiro a doença ocorre em áreas de pecuária leiteira, principalmente nas regiões Norte e Noroeste.

Sintomas:

Após 5 a 7 dias do contato com o animal doente, aparecem caroços muito dolorosos nas mãos, nos braços ou no rosto. Estes crescem, ficando vermelhos e com mais de 2 anos de evolução, podendo desaparecer ou infeccionar.

Prevenção:

• Usar luvas no manuseio de animais doentes ou suspeitos.
• Isolar o animal doente, a fim de evitar a contaminação do rebanho.
• Em caso de contaminação, tomar cuidado para não haver propagação para outras partes do corpo, principalmente olhos, boca, nariz e ouvidos, bem como a outras pessoas e animais.
• O uso de sabonetes bactericidas ou soluções de permanganato de potássio é recomendável para evitar a contaminação de outras partes do corpo.

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