sábado, 6 de fevereiro de 2010

Hanseníase

HANSENÍASE

A hanseníase é uma doença transmissível e curável, causada pelo bacilo de Hansen, que afeta a pele e os nervos periféricos. Em alguns países, ela ainda apresenta um alto número de casos sendo, portanto, um problema de saúde pública.

Ela é transmitida através do contato de um indivíduo doente, sem tratamento, que elimina os bacilos por gotículas da fala e são inaladas por um indivíduo são.

O domicílio é apontado como um importante espaço de transmissão da doença, devido ao contato íntimo e prolongado entre seus moradores. Outros fatores podem ainda contribuir para aumentar o risco de adquirir a hanseníase, como a educação e alimentação inadequadas.

As primeiras manifestações clínicas da doença são: uma ou mais manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, com diminuição ou perda de sensibilidade (dormência). Na evolução clínica da doença, quando o portador dos sinais e sintomas não estiver em tratamento, podem aparecer manchas avermelhadas e elevadas (placas), caroços pequenos na pele e dormências em algumas áreas do corpo. Pode também, em alguns casos, apresentar fraqueza muscular na face, mãos e pés.

A única maneira de se evitar a transmissão da doença é realizando o tratamento correto. O tratamento medicamentoso pode variar de dose única, para as formas mais brandas, até 12 meses para as formas mais graves.

Algumas doenças da pele podem se assemelhar às manchas da hanseníase. Portanto, é importante ir ao médico para um diagnóstico seguro e início imediato do tratamento. A hanseníase tem cura!




MENINGITE

A meningite é a inflamação das meninges, que são as membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser de origem infecciosa ou não. Os agentes infecciosos são: bactérias (meningococo, hemófilo, estreptococo, pneumococo, estafilococo, bacilo da tuberculose, entre outras), fungos, vírus, etc.

A meningite bacteriana é uma doença aguda. As infecções causadas por meningococo e por hemófilo são transmissíveis. Seu início é súbito e os sintomas nas crianças maiores e adultos são os seguintes: febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos em jato e rigidez na nuca.

Nas crianças menores observa-se: febre, irritação ou agitação, choro constante, recusa alimentar, convulsões e abaulamento de fontanela (moleira alta).

A primeira coisa a fazer é procurar um médico, o Posto de Saúde ou hospital mais próximo, sem perda de tempo.

É importante diagnosticar a doença o mais rápido possível e iniciar o tratamento imediatamente (quanto mais cedo, maiores as chances de cura).

A maioria dos casos tem cura e pode ou não deixar seqüelas.

Os sintomas da meningite, no entanto, podem aparecer em muitas doenças. Raramente uma dor de cabeça é sinal de meningite e nem toda meningite é meningocócica.

A meningite por hemófilo é causada por uma bactéria - o Haemophilus influenzae, principalmente do tipo B. Acomete crianças até 5 anos de idade. Por este motivo elas devem ser vacinadas no primeiro ano de vida, com a vacina anti-hemófilo.

A meningite meningocócica é causada por uma bactéria – a Neisseria meningitidis (meningococo). Existem doze sorogrupos e desses, os sorogrupos A, B e C são os mais importantes. Acomete indivíduos de todas as idades.

O meningococo vive no nariz e na garganta das pessoas, mas a maioria não fica doente. São portadores assintomáticos (pessoas sadias que carregam a bactéria sem adoecer).

As bactérias Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae são encontradas normalmente na garganta das pessoas sadias e dos doentes. Devido a isso, sua transmissão é por via respiratória e direta, ou seja, de uma pessoa a outra, através de contato íntimo, como o beijo na boca ou através de secreções expelidas pela fala, tosse ou espirro.

A transmissão indireta praticamente não existe. O meningococo não resiste à umidade, ao oxigênio e às mudanças de temperatura, e não sobrevive mais do que alguns minutos fora do organismo; por isso, não é necessário desinfetar ou interditar o local, sendo suficiente mantê-lo limpo e arejado.

Quando surge um caso de meningite por meningococo ou por hemófilo, a Secretaria de Saúde fornece antibiótico contra estas duas bactérias, às pessoas que convivem com o doente (contatos), já que elas podem ser portadoras assintomáticas, mas deixam de ser, temporariamente, assim que tomam o remédio, podendo retornar a este estado algum tempo depois.

OBS: Não há necessidade de dar medicamento a toda a população.

Da mesma forma, o doente deixa de ser fonte de infecção (deixa de transmitir a doença), quando inicia o tratamento com antibiótico, que não é o mesmo utilizado para os contatos.

A meningite meningocócica é contagiosa e no mundo todo é uma doença endêmica, isto é, sempre ocorrem casos.

Ocasionalmente pode causar epidemias. O número de casos tende a aumentar no inverno e no início da primavera.

O fato de ocorrer um caso de meningite por meningococo ou por hemófilo numa escola não quer dizer que o transmissor foi um aluno; pode ter sido qualquer pessoa que teve contato com o doente dentro ou fora da escola, inclusive no ambiente familiar.

Quando houver um caso de meningite na escola, deve-se agir da seguinte maneira:







Não fechar a escola;
Não suspender as aulas;
Não interromper as atividades do dia-a-diasujo.


É importante entrar em contato com o Centro de Saúde ou Posto de Saúde mais próximo, para saber se o caso já foi notificado e solicitar orientação.

É fundamental evitar o pânico entre os professores, alunos, pais e responsáveis e solicitar a presença de um profissional que trabalhe na Vigilância Epidemiológica, colaborando para que as medidas de controle pertinentes sejam tomadas.

A vacina só é indicada na ocorrência de epidemia. A vacina antimeningocócica A + C, produzida no Brasil, é comprovadamente eficaz, mas não protege contra outros sorogrupos e nem contra outros microorganismos.

A vacina antimeningocócica B + C, hoje disponível no Brasil, só está indicada quando grande parte dos casos for causada por meningococo do sorogrupo B, sorotipo 4, subtipo P1.15 (B4: P1.15), atualmente denominado sorogrupo B, sorotipo 4.7, subtipo P 1.19.15 (B:4: 4.7: P1.19.15).

A Secretaria de Estado de Saúde e as Secretarias Municipais, com o apoio de entidades federais, trabalham no sentido de evitar que pacientes fiquem sem diagnóstico ou tratamento.

As Secretarias de Saúde acompanham com estrita vigilância a evolução e a distribuição de casos de meningite nas diversas áreas do Estado, estando preparadas para adotar as providências necessárias, caso o quadro de ocorrências da doença assim o exija. A população deverá estar sempre informada sobre a situação da meningite e de outras doenças no estado, bem como sobre todas as orientações das autoridades sanitárias com a finalidade de preveni-las.

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