sábado, 6 de fevereiro de 2010

Envenenamento/Intoxicação.

Envenenamento/Intoxicação


“Todas as substâncias são venenos. Não existe nada que não seja veneno.
Somente a dose certa diferencia o veneno do remédio.”
Paracelsus (médico e sábio suíço – 1493 a 1541)

Regras Gerais


















Nos casos de envenenamento por ingestão de medicamentos, plantas, alimentos estragados, a primeira medida é provocar o vômito.
Não provoque o vômito, se a pessoa estiver desmaiada ou em convulsões nem se a intoxicação foi provocada por produtos derivados de petróleo, por pesticidas (agrotóxicos), ou ainda, nos casos de ingestão de substâncias cáusticas ou corrosivas (como ácido muriático, soda cáustica, etc.), inseticidas, detergentes de máquina de lavar roupas, querosene, gasolina.
Guarde a embalagem do produto, restos da substância ou o material vomitado, para facilitar a identificação pelo médico. No caso de remédios, tente descobrir quantos comprimidos foram engolidos e, quando ocorreu a ingestão.
Nunca dê bebida alcoólica para um intoxicado.
Em caso de contato com a pele e/ou olhos, lave as partes do corpo atingidas com bastante água corrente e limpa.
Procure logo um Hospital ou Posto de Saúde mais próximo e comunique ao médico se o paciente faz tratamento com medicamentos.
Para tirar suas dúvidas, ligue para os Centros de Controle de Intoxicações: o Estado do Rio de Janeiro dispõe de dois Centros de Controle de Intoxicações que funcionam durante 24 horas, nos sete dias da semana.

CCIn – Centro de Controle de Intoxicações – UFF. Funciona no Hospital Antônio Pedro em Niterói, onde atende a população no próprio hospital ou pelos telefones: (0xx21) 2717-0521 / 2717-0148 / 2620-2828 ramal: 252 - site: www.uff.br/ccin e-mail: ccilqac@vm.uff.br

CCI – Centro de Controle de Intoxicações – UFRJ. Dá orientações pelos telefones: (0xx21) 3602-1193 / 3602-1194
e-mail: cci-rj@ig.com.br - www.fiocruz.br/sinitox

Outros telefones:
0800.410.148 - Paraná
0800.780.200 – Rio Grande do Sul
0800.643.5252 – Santa Catarina
0800.148.110 - São Paulo
0800.771.3733 – São Paulo





Intoxicação por Plantas Tóxicas


O que fazer?








Provoque o vômito;
Retire da boca o que resta da planta, cuidadosamente;
Enxagüe a boca com água corrente abundante;
Examine a língua e a garganta para verificar a irritação causada;
Guarde a planta para verificação: informe-se sobre nome e características da planta;
Procure um médico;
Consulte os Centros de Controle de Intoxicações.


Veja tabela de plantas tóxicas a seguir:

PLANTAS TÓXICAS MAIS COMUNS
Partes Tóxicas Tóxico/Efeito Característico
Antúrio
Comigo-ninguém-pode
Copo de Leite
Tinhorão Látex
Folhas
Caule Oxalato de Cálcio + Alérgeno
• Dor em queimação / irritação de mucosas / náuseas
• Inchaço
Mamona
Picão de Praia
Pinhão de Purga Sementes Toxalbumina
• Vômitos / cólicas / diarréia sanguinolenta / insuficiência renal
Figueira do Inferno
Saia Branca
Trombeteira Toda a planta Alcalóides tipo atropina
• Pele quente e seca/ agitação/ alucinação/
rubor de face
Mandioca Brava Entrecasca da raiz Glicídio Cianogênico:
• Vômitos / cólicas / sonolência / convulsões /
coma / asfixia
Chapéu de Napoleão
Espirradeira Toda a planta Glicídio Cardiotóxico:
• Vômitos / diarréia / alterações cardíacas
Coroa de Cristo
Estrela de Cadete
Leiteira Látex Látex Irritante:
• Salivação / vômitos / queimaduras



PREVENÇÃO - PLANTAS TÓXICAS











Mantenha plantas longe do alcance das crianças.
Ensine as crianças que não se colocam plantas na boca.
Conheça as plantas que voce tem em casa e arredores pelo nome e características.
Não use remédios caseiros, feitos de plantas, sem orientação médica.
Não coma plantas desconhecidas. Lembre-se de que não há regras ou testes seguros para distinguir as
plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a toxidade da planta.
Não enfeite a casa ou jardim com plantas tóxicas


Intoxicação por Animais Peçonhentos


O que são Animais Peçonhentos?

Animais peçonhentos são aqueles que possuem glândulas de veneno que se comunicam com dentes ocos, ou ferrões por onde o veneno passa ativamente. Portanto, peçonhentos são os animais que injetam veneno com facilidade e de maneira ativa. Ex.: Serpentes, Aranhas, Escorpiões, Abelhas, Vespas, Marimbondos e Arraias.

Já os animais venenosos são aqueles que produzem veneno, mas não possuem um aparelho inoculador (dentes, ferrões), provocando envenenamento passivo por contato (taturana), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe baiacu).

Clique aqui e
saiba mais sobre
animais peçonhentos e
onde buscar ajuda
em caso de acidente.

O que fazer?















• Não permita que a vítima faça movimentos desnecessários, muito menos que caminhe, principalmente se o acidente for no membro inferior, que deve ser imobilizado;
Mantenha a calma;
Não faça torniquetes nem cortes no local da picada;
Lave o local com água corrente e coloque anti-séptico no local da picada;
Retire o ferrão (no caso de abelhas), sem usar pinças;
Não dê bebidas alcoólicas à vítima;
Sempre que possível, capture o animal para identificação;
Não pegue o animal agressor com a mão;
Não coloque borra de café, angu ou outra substância qualquer no local;
Procure assistência médica no caso de muitas picadas ou reações alérgicas;
Crianças devem ser submetidas à avaliação de um médico;
Consulte os Centros de Controle de Intoxicações.


Aranhas, escorpiões, lacraias, bicho cabeludo, abelhas e formigas:








Retire o ferrão. Em caso de abelha, não use pinças;
Lave o local com água e sabão;
Coloque anti-séptico local;
Procure assistência médica, em caso de muitas picadas ou aparecimento de reações alérgicas;
Crianças menores de sete anos devem ser submetidas à avaliação médica.


Cobras:







Imobilize o membro atingido;
Não faça garrote ou torniquete;
Não esprema o local, não faça cortes;
Beba líquidos doces, não álcool;
Procure assistência médica.


Fonte: Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul
Centro de Controle de Intoxicações – UFF e Universidade de Campinas – SP


PREVENÇÃO– ANIMAIS PEÇONHENTOS












Sacuda e examine calçados e roupas antes de usar.
Mantenha devidamente aparado o gramado (evite ou remova folhagens densas).
Mantenha limpo os locais próximos a residências (evite acúmulo de lixo, entulhos ou materiais de construção).
Não coloque mãos ou pés em buracos, cupinzeiros, montes de pedra ou lenha.
Use sempre calçados e luvas nas atividades rurais.
Use telas e vedantes em portas e janelas.
Crie aves domésticas (predadores naturais) em zonas rurais.
Evite contato com lagartas, olhando atentamente para as folhas ou troncos das árvores.





TABELA DE ARANHAS
Aranhas Habitat Ação do veneno Agressividade
Armadeira Embaixo de móveis
Nas bainhas das bananeiras
Em locais escuros
Dor imediata e persistente
Podem ocorrer vômitos
Dor de cabeça, agitação
Salivação intensa, febre Muito Agressiva
Aranha Marrom Roupas e sapatos Pouca ou nenhuma dor local
12 ou 24 horas após: dor tipo queimação, inchaço, vermelhidão, urina cor de lavado de carne Não Agressiva
Caranguejeira Morros e lugares com pedras Alergia: mucosas, olhos, nariz e pele Não Agressiva
Viúva Negra Casas com plantações Dor imediata, intensa e irradiada
Contrações musculares, choque Não Agressiva

TABELA DE ESCORPIÕES
Características Escorpiões Toxicidade
Escorpião amarelo Tityus serrulatus Acidentes graves
Escorpião marrom Tityus bahiensis Acidentes graves
Escorpião preto
Bothriurus bonariensis Baixa toxicidade

TABELA DE LAGARTAS
Lagartas Toxicidade
Taturana Acidentes Graves


TABELA DE COBRAS
Cobras Habitat Ação do veneno Agressividade
Cruzeira Lugares úmidos
Dor local, inchaço, manchas roxas, bolhas, hemorragia e febre Agressiva
Jararaca, Cotiara Matas, vegetação alta Dor local, inchaço, manchas roxas, bolhas, hemorragia e febre Agressiva
Cascavel Regiões pedregosas Pouca dor local, dormência, dor muscular, pálpebras superiores caídas e visão borrada Agressiva
Viúva Negra Subterrâneo Sem dor local, dormência, salivação e dificuldade de engolir, pálpebras superiores caídas, visão borrada e dificuldade respitatória Não Agressiva

Nenhum comentário:

Postar um comentário