sábado, 6 de fevereiro de 2010

Transplantes um direito

Após avaliação clínica e legal da morte encefálica do doador, a equipe da CENTRAL DE TRANSPLANTES faz abordagem à família para permissão da doação de órgãos. Esta abordagem é realizada de maneira ética, respeitando as crenças e os desejos de cada família, como recomenda o Conselho Federal de Medicina.

Caso a família dê o consentimento para a doação, a equipe da CENTRAL DE TRANSPLANTES entra em contato com as equipes cirúrgicas dos vários tipos de transplante, para o início do procedimento de retirada dos órgãos e tecidos, acompanhamento e assessoramento do ato cirúrgico, e a conseqüente preservação e distribuição de órgãos e tecidos.

Para agilizar a captação de órgãos e tecidos no país, o Ministério da Saúde instaurou a portaria GM 905 de 16/08/2000, que “estabelece a obrigatoriedade da existência e efetivo funcionamento da Comissão Intra-hospitalar de Transplantes passa a integrar o rol das exigências para cadastramento de Unidades de Tratamento Intensivo do tipo II e III, estabelecidos pela Portaria GM nº 3.432 de 12 de agosto de 1998 e para inclusão de Hospitais no Sistema de Referência Hospitalar em atendimento de Urgências e Emergências nos tipos I, II e III fixados pela Portaria GM nº 479 de 15 de abril de 1999”.

O objetivo da CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes) é a eficácia e agilidade na detecção do provável doador, bem como o cumprimento dos critérios de morte encefálica e sua manutenção hemodinâmica.

O QUE FAZER PARA DOAR ÓRGÃO DE UM PACIENTE OU PARENTE

Por lei, toda morte cerebral deve ser comunicada pelo médico à família da vítima e a CENTRAL DE TRANSPLANTES. Basta ligar para os telefones: (0xx21) 2221-4409 / 2299-9945 / 2299-9946 para chamar a equipe de coleta. Portanto, médico ou familiar, faça a sua parte. A lista de espera por um transplante é grande!

VEJA TODO O CAMINHO ATÉ CHEGAR AO TRANSPLANTE:




É IMPORTANTE LEMBRAR!
Qualquer pessoa pode ser potencial doador de órgãos, desde que diagnosticada a morte encefálica. Diferente do estado de coma, na morte encefálica o cérebro cessa todas as suas funções e, posteriormente, param todos os outros órgãos. Este é o instante em que se deve decidir pela doação ou não.

COMO DOAR?

Para ser doador, é necessário informar a sua família sobre o seu desejo em doar seus órgãos. De acordo com a medida provisória nº 1.959-27/2000, a família do doador deverá ser consultada quanto ao desejo ou não de doar os órgãos e tecidos de seu parente. Por isso, para que seu desejo seja respeitado, é importante informar a sua família qual a sua posição em relação à doação de órgãos. O debate sobre este assunto deve ocorrer dentro de casa, e a conscientização para a doação deve começar desde criança. Lembre-se de que milhares de pessoas dependem da nossa solidariedade para sobreviver.

É IMPORTANTE LEMBRAR!

• Qualquer pessoa pode ser doadora, desde que seu desejo tenha sido expresso à sua família e esta autorize a doação;
• Morte cerebral é definitiva. O diagnóstico é fornecido por dois médicos, de diferentes áreas, confirmado com exames complementares;
• O CENTRAL DE TRANSPLANTES sempre consulta a família para autorizar a doação;
• A lista única assegura a seriedade e a transparência do processo;
• A doação de órgãos não causa nenhuma deformidade no corpo do doador falecido.
• Existe também a doação inter-vivos, realizada entre pessoas que possuem parentesco de até 4º grau. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado e parte da medula óssea.

PARA QUEM PRECISA DE TRANSPLANTE

O paciente que necessitar de algum desses tipos de transplante deve se dirigir ao centro de transplante mais próximo de sua residência, para marcar uma consulta de avaliação e, após a realização de alguns exames, será encaminhado para inscrição na lista única de espera no transplante pretendido na CENTRAL DE TRANSPLANTES.

A lista única de candidatos a transplante é organizada por ordem de inscrição segundo o tipo sangüíneo do receptor e o órgão ou tecido a ser transplantado. Segundo a portaria 1.160, de 29 de maio de 2006, modificou-se o critério tempo pelo de gravidade na fila única para transplante de fígado, de acordo com o índice MELD dos pacientes.

Mesmo com essa modificação, cada paciente inscrito para o transplante recebe um número e sua posição na lista pode ser acompanhada a qualquer momento, caracterizando a transparência e o princípio democrático e humanitário desta organização. Para tal, deve ir à Central da CENTRAL DE TRANSPLANTES (ver endereço no final) e, ao se identificar, receberá uma certidão que informará a sua posição na lista. Caso não possa ir até a Central, deverá constituir procurador para fazê-lo e, se for menor de idade, o responsável poderá obter a informação da sua posição na lista.

TIPOS DE TRANSPLANTES

Os órgãos e tecidos doados são implantados em centros de transplantes credenciados e autorizados pelo Sistema Nacional de Transplante do Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil. Podem ser transplantados:

Coração ou Válvulas Cardíacas;
Córneas;
Fígado;
Medula Óssea;
Ossos;
Pâncreas;
Pele;
Pulmões;
Rins.


DÚVIDAS FREQUENTES:

Como se procede a troca de médico para córnea?
Recomenda-se ir ao médico escolhido, que irá fazer uma ficha com a nova identificação. Esta ficha deverá ser enviada ao CENTRAL DE TRANSPLANTES pelo próprio médico, para a troca no nosso sistema.

Qual o tempo de duração dos órgãos e tecidos, após a retirada
Coração – 4h
Córnea – 6 h
Fígado – 8h
Pâncreas – 24h
Pulmão – 8h
Rim – 24h


Como fazer a transferência para a fila de transplante em outros estados?
A CENTRAL DE TRANSPLANTES fornecerá a declaração de que o paciente está devidamente inscrito na Central, que deverá ser entregue pelo paciente para a Central onde gostaria de ser transferido.

Até quantos transplantes um paciente tem direito de fazer
Os pacientes têm direito a um transplante por vez. Caso precise de outro, será necessária uma nova inscrição. Há exceção para os casos de urgência zero, onde os pacientes tornam-se receptores do próximo órgão ou tecido disponível para transplante.

Qual a previsão de espera na fila para transplante?
Não há como prever o tempo de espera na fila já que, para que haja o transplante, deve-se necessariamente haver a doação. Por isso a importância da conscientização da população, pois a única forma de diminuir a fila para transplantes é aumentando o número de doações.

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