sábado, 6 de fevereiro de 2010

Saneantes.

Saneantes


O QUE SÃO E PARA QUE SERVEM

Os saneantes são produtos controlados pela Vigilância Sanitária e utilizados com os mais diferentes objetivos. Temos saneantes utilizados para lavar louças (detergentes domésticos), matar microrganismos como as bactérias (esterilizantes e desinfetantes hospitalares e desinfetantes domésticos). Um exemplo de desinfetante doméstico é a água sanitária. Os saneantes são utilizados ainda para combater pragas, como os inseticidas, os repelentes e os raticidas. Esses saneantes são chamados de desinfetantes. Esses produtos são extremamente úteis, desinfetam nossos banheiros, esterilizam materiais cirúrgicos em hospitais, matam insetos e ratos, contribuindo desta forma para uma vida melhor. Porém, o seu uso incorreto pode provocar sérias intoxicações, podendo levar até à morte.

Outro problema diz respeito à contaminação do meio ambiente; provocado principalmente pelas indústrias fabricantes, quando poluem o ar, as águas dos rios e o solo. Justamente por isso que os saneantes devem ser controlados pela Vigilância Sanitária; e a sua compra, o seu armazenamento, o seu uso e seu descarte devem ser feitos com muito cuidado pela população. Na hora de jogar fora (descartar) a embalagem use, preferencialmente, a coleta seletiva (veja no tópico “O Lixo é coisa séria”).

Os saneantes são divididos em duas categorias, dependendo do risco que o produto pode impor à nossa saúde. Os de maior potencial de risco são considerados de GRAU DE RISCO II, como por exemplo inseticidas, raticidas, repelentes, esterilizantes hospitalares e desinfetantes domésticos, que necessitam registro junto ao Mistério da Saúde. Já os de menor potencial, GRAU DE RISCO I como por exemplo, detergentes domésticos e amaciantes de roupa são dispensados do registro.
Em 2000, segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) da FIOCRUZ, 3.629 pessoas foram intoxicadas por raticidas, 2.787 por inseticidas, e 6.762 por domissanitários (desinfetantes, detergentes, etc.) no Brasil. Dessas 13.178 pessoas intoxicadas, 5.265 (25%) eram crianças de 1 a 4 anos.

Esses dados apontam a necessidade de um controle rigoroso e cuidados na compra, no armazenamento, no uso e no descarte desses produtos.

CUIDADOS NA COMPRA

Nunca compre nenhum saneante em vendedores ambulantes, como por exemplo, o popular CHUMBINHO que “mata e seca o rato”, o CLORO para desinfetar o seu banheiro, as essências de eucalipto que encontramos pelas ruas. Isto é uma bomba prestes a estourar. Esses produtos são causadores de muitas intoxicações que chegam nas emergências dos hospitais, principalmente em acidentes com crianças ou suicídio de jovens.

Quando for comprar algum saneante em supermercados por exemplo,
observe, no rótulo do produto, as seguintes informações:
Se consta o Número de Registro no Ministério da Saúde, quando o saneante for de Grau de Risco II (exemplo: inseticidas, repelentes, raticidas e desinfetantes domésticos). Esse Número de Registro no Ministério da Saúde é composto por, no mínimo 9 algarismos. O primeiro algarismo deve ser sempre 3, esse 3 é o código, é a dica que diz que esse produto é realmente um saneante. Exemplo: 3.0000.0000. Quando o saneante for do Grau de Risco I (detergente doméstico, amaciante de roupas, etc.), não necessita possuir Número de Registro no Ministério da Saúde. Para que possamos nos assegurar que esse produto pode ser comprado, ele terá que citar a Resolução 336/99 da ANVISA no rótulo, dispositivo legal que dispensou o Número de Registro no Ministério da Saúde para esse tipo de saneante. Alguns produtos com Grau de Risco I podem ter o Número de Registro no Ministério da Saúde, não há problema algum. Isso pode acontecer porque alguns fabricantes, que já possuíam o Número de Registro de saneantes com Grau de Risco I, preferiram continuar com o seu Número de Registro, pois a Resolução 336/99 que modificou as regras de registro de saneantes, é relativamente nova.
Observe a Data de Fabricação, o Prazo de Validade e Número do Lote do Produto.
A finalidade do produto (desinfetante, inseticida, raticida, repelente, etc.).
O nome, endereço e telefone do fabricante e/ou distribuidor/importador.
O nome do Responsável Técnico e o seu Número de Registro no Conselho Profissional (Farmacêutico-CRF ou Químico-CRQ).
Frase “Antes de usar leia as instruções do rótulo”.
Frases de advertência e Primeiros Socorros:
“Mantenha afastado de crianças”.
“Não dê nada por via oral a uma pessoa inconsciente”.
“Mantenha o produto em sua embalagem original”.
“Não reutilize as embalagens vazias”.
No caso dos Inseticidas e dos Repelentes deve estar escrito:
“CUIDADO! PERIGOSO”.
No caso de Raticidas deve estar escrito:
“CUIDADO! VENENO” com o símbolo da caveira desenhado.
Número de lote.
Data de Fabricação e Prazo de Validade.
Identificação do fabricante (endereço e telefone para reclamações)



CUIDADOS PARA ARMAZENAR


Mantenha os cosméticos sempre protegidos da luz, umidade e calor.

Mantenha os cosméticos fora do alcance das crianças, qualquer descuido pode ter conseqüências imprevisíveis.

Nunca armazene junto a alimentos, bebidas, medicamentos e saneantes.

CUIDADOS NO USO


Leia atentamente as orientações de uso, que estão escritas nos rótulos dos produtos.
Não use esses produtos em ambientes fechados, sem ventilação.
Ao utilizar produtos como inseticidas proteja os olhos e, no momento da aplicação, não devem permanecer no local pessoas ou animais.
Ao utilizar raticidas, ponha-os em local de difícil acesso a crianças e animais.
Após o uso de inseticidas, raticidas e repelentes, lave as mãos com água e sabão.
Pessoas asmáticas e com problemas respiratórios devem redobrar os cuidados ao utilizar qualquer tipo de saneante.

CUIDADOS NA HORA DE JOGAR FORA


As embalagens nunca poderão ser reutilizadas. Intoxicações são freqüentes quando se utilizam as embalagens para outros fins.

As embalagens devem ser descartadas após o uso, preferencialmente por sistema de coleta seletiva (veja no tópico “O Lixo é coisa séria”).

Não perfure ou jogue ao fogo as embalagens vazias, principalmente os aerosóis.


O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTES?


Ler as instruções no rótulo do produto e verificar as orientações fornecidas pelo fabricante. Para cada tipo de saneante e dependendo do tipo de acidente existirá um procedimento adequado. Por exemplo, em caso de contato direto com um repelente, deve-se lavar a parte atingida com água e sabão em abundância.

No caso de acidentes graves com ingestão ou contato com os olhos, por exemplo, dirija-se ao posto de saúde mais próximo, levando a embalagem ou rótulo do produto.

No rótulo de inseticidas, repelentes e raticidas é obrigatória a existência de um número de telefone para atendimento ao consumidor (Centro de Intoxicações), havendo dúvidas quanto ao uso, consulte-o.


CONTATOS IMPORTANTES


• Centro de Informações Tóxico-farmacológicas – CIT/UFRJ - Tel.: (0xx21) 3620-1193 / 3602-1194

• Centro de Controle de Intoxicações – CCIn/UFF - Hospital Universitário Antônio Pedro - Tels.: (0xx21) 2717-0521 / 2717-0148

• Coordenação de Vigilância Sanitária/SESDEC/RJ - Departamento de Medicamentos e Afins
e-mail: vigsanitaria@saude.rj.gov.br -Tel.: (0xx21) 2299-9247 / 2299-9248 / 2299-9249 / 2299-9250 / 2299-9251 / 2299-9252 / 2299-9253 / 2299-9254

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